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sexta-feira, janeiro 23, 2004


Franchising na mendigagem 

Há um facto que se começa agora a notar e que irá marcar a História do Mundo: a modernização da mendigagem. E isto preocupa o atrasado.

É que antigamente era costume ver os mendigos, por exemplo no Metro, preocupados em oferecer um alargado leque de músicas ao cliente. Preocupados em aperfeiçoar técnicas de contorsionismo. Conquistavam até plateias no Metro, com as suas interpretações teatrais tão comoventes. Em suma, a classe da mendigagem preocupava-se em oferecer ao cliente diversidade cultural.

Mas os tempos mudaram. E hoje em dia, com vista à maximização de lucros no sector, começaram-se a dar os primeiros passos no chamado "Franchising na mendigagem". Senão vejamos:
- Todos os mendigos músicos andam aos pares. Um deles usa acordeão. O outro usa pandeireta. O acordeão serve para tocar música. A pandeireta é uma forma simpática de receber o dinheiro dos clientes.
- Mendigos não músicos andam sozinhos. A frase utilizada é "Quem tem a bondade de auxiliar?"
- Mendigos contorsionistas têm tido tendência a desaparecer. Parece que as mensalidades no chapitô aumentaram.

Estamos então na presença de uma revolução preocupante. Tal como o Mac Donald's marcou o sector da restauração, o Franchising na Mendigagem irá marcar o sector da cultura. É que se hoje em dia quando alguém quer comer fora tem de ir ao Mac Donald's, no futuro quem quiser consumir cultura terá ler Margarida Rebelo Pinto.


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quinta-feira, janeiro 15, 2004


A Mulher da Conspiração 

Para os mais atentos à SIC Radical, tenho a dizer que já encontrei um programa digno de fazer concorrência ao Homem da Conspiração. Chama-se Resumo Semanal da Operação Triunfo e passa na RTP1. A apresentação ao cargo da directora Maria João fica a milhas da concorrência.


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quinta-feira, janeiro 01, 2004


2004, o ano (quase) sem feriados 

Se há coisa que me preocupa nos cidadãos portugueses é o facto de atribuirem constantemente a culpa aos outros. Se no trabalho alguma coisa corre mal, então a culpa é do patrão. Se há muitos acidentes nas estradas a culpa é das más condições das mesmas. Mas hoje conheci o auge deste fenómeno de atribuição de culpas que se assiste em Portugal. Parece que a maioria dos feriados coincide com os fins-de-semana, o que vai fazer com que os portugueses trabalhem mais do que é costume noutros anos. Numa entrevista a pessoas que circulavam na rua, eis que ouvi uma análise digna de registo: "Este governo está a fazer tudo para nos prejudicar. Primeiro é o ano ser bissexto, e agora é perder os feriados. Este país não tem futuro."

O atrasado deseja um óptimo ano de 2004 a todos! (ainda que com muito trabalho, raça do governo!)


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